Vítimas do medo são condenadas à própria sorte


O crime funciona sob os mesmo princípios do capitalismo: visa o lucro. A modalidade de crime e onde será utilizada, segue lógica de mercado. No Rio Grande do Norte, por exemplo, durante anos do Governo Garibaldi Filho (PMDB), o forte era assalto a banco e carro-forte.

Na era Wilma de Faria (PSB), o ‘negócio’ desandou muito.

Inteligência e estratégias de caça a bandos especializados em assalto a banco/carro-forte praticamente acabou essa especialidade de crime no RN.

No Rio de Janeiro e São Paulo durante muito tempo, assaltar banco e carro-forte era negócio rentável. Estado criou dificuldade, vieram os sequestros. Hoje, o próprio sequestro ficou “relâmpago” para tentar ser eficaz.

Aos poucos o grande negócio passou a ser o narcotráfico. Nele, a prosperidade de muitos, a morte de incontáveis pessoas e milhões de famílias destruídas. É, também, um caso de saúde pública e não apenas policial-judicial.

Enfim, com Estado fraco, impotente, lerdo, omisso e negligente, o crime tem tudo para prosperar. É facilitado e continuará prosperando, sim.

Frederico Pernambucano de Mello, um estudioso do banditismo no espaço geopolítico nordestino, tem um livro obrigatório para entendermos isso. Leiam. “Guerreiros do Sol” faz um mergulho antropológico, sociológico, político, histórico e cultural nas entranhas do coronelismo do Nordeste. Vai mais além, nos levando ao reencontro com nossas raízes coloniais bárbaras.

Fica relativamente fácil entender por que crime compensa e continuará compensando nessas plagas. Se o Estado agir, com mão de ferro, atenua-o. Se o Estado tiver uma presença social provedora, saneia-o.

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