Grupo terrorista assume assassinato de padre na França.
Polícia matou dois homens armados que faziam reféns em igreja na Normandia (Foto: Reprodução/Twitter Moments)
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque a uma igreja católica de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia, nesta terça-feira, 26, segundo informações do SITE Intelligence, que observa a ação de radicalizados na internet. Os extremistas teriam informado por meio de um comunicado emitido por sua agência de notícias, Amaq, que dois "soldados" do EI lideraram o atentado. "Eles realizaram a operação em resposta ao pedido para alvejar os países da coalizão", disse o grupo em referência às nações que combatem os jihadistas no Iraque e na Síria.
A ação dos criminosos ocorreu entre 9h e 9h30 (4h e 4h30 em Brasília). A seção antiterrorista da promotoria de Paris assumiu a investigação do ataque. O Ministério Público determinou que a Subdireção Antiterrorista (SDAT) e a direção-geral da Segurança Interior (DGSI) assumam as investigações do caso, afirmou a Promotoria em comunicado.
Imagens de televisão mostraram que a polícia bloqueou rodovias de acesso à igreja e paramédicos foram vistos puxando macas de ambulâncias. Um porta-voz do Ministério do Interior afirmou à BFM TV que um ferido está "entre a vida e a morte".
Hollande deve se reunir com o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, informou o porta-voz Pierre-Henry Brandet. O estado de emergência contunia em vigor no país, lembrou Hollande.
Igreja. O Vaticano condenou o “assassinato bárbaro” do padre e disse que o papa Francisco está horrorizado com a notícia. “Estamos particularmente chocados em razão dessa violência horrível que aconteceu em uma igreja, na qual o amor de Deus é anunciado”, disse o porta-voz da Santa Sé, Federido Lombardi.
Ele disse que o pontífice está sentindo “a dor e o horror dessa violência absurda” e “condena da forma mais radical qualquer forma de ódio”.
O ato é o mais recente em uma série de atentados na Europa. Na França, o ataque acontece 12 dias após um tunisiano matar 84 pessoas com um caminhão em Nice, em uma ação cuja autoria tambémn foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
Comentários