Palocci não quer ter o mesmo fim de Celso Daniel e negociou garantia de segurança para ele e família



O ex-ministro Antonio Palocci parece que não quer ter o mesmo destino do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, do PT, assassinado em 2002. Após a confirmação de sua segunda delação que pode implicar outros integrantes do PT, como a ex-presidente Dilma Roussff, o ex-ministro deixou a prisão em onde era vizinho de Lula na sede da Polícia Federal, em Curitiba, após dois anos e três meses de prisão. Os relatos contundentes do ex-ministro de Lula e Dilma lhe garantiram o direito de passar para o regime prisional semiaberto domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica

Palocci solicitou um regime de segurança pessoal e aos seus familiares em uma das cláusulas do acordo de delação premiada, homologado pelo Tribunal Regional Federal (TRF-4), que prevê que a polícia providenciará sua "imediata inclusão" em programa federal de proteção à testemunhas, caso ele solicite.

O item II da delação de Palocci, sobre os benefícios garantidos em caso de cumprimento do acordo de delação, diz no parágrafo sétimo: "Caso o Colaborador, por si ou por seu procurador, solicite medidas para garantia da sua segurança ou a de sua família, a Polícia Federal representará pela tomada de providências necessárias para a sua inclusão imediata no programa federal de proteção ao depoente especial". O pedido é feito com base em dois artigos da Lei de Proteção à Vítimas e Testemunhas (9807/1999).

Palocci deve ter consciência dos riscos que corre fora da prisão. Pelo teor de sua delação, que pode levar mais petistas para a cadeia,  o acordo  do ex-ministro é o primeiro de um integrante do núcleo duro do PT. A delação de Palocci é considerada devastadora e revela aspectos inéditos sobre os  esquemas de de corrupção dos governos de Lula e Dilma na Petrobras, fundos de pensão e até mesmo no BNDES.

Seu conteúdo - maior parte ainda sob sigilo - destrincha como os governos do PT uniram o cartel de empreiteiras, que fatiou as obras de refinarias durante o primeiro ciclo de investimentos na Petrobras nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010), com multinacionais do setor de exploração de petróleo nos bilionários negócios gerados pelo pré-sal e como os acertos decorrentes bancaram as campanhas de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e também campanhas municipais do PT (em 2012).

Palocci afirmou que Lula não só sabia do esquema de propinas como participou dele, incriminou Dilma, ainda fora dos alvos diretos da Lava Jato, apontou corrupção nas sondas de exploração do pré-sal, nas obras da Hidrelétrica de Belo Monte (PA), em negócios petrolíferos na África e tentativas de obstrução às investigações, entre outras.

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