Desafiante de Anderson Silva tem histórico com uso de maconha.

 

Americano Nick Diaz, de 31 anos, também busca redenção na luta deste sábado

Nick Diaz na pesagem para o UFC 158, em março de 2013, sua última participação no UFC. Foto: Divulgação
Nick Diaz na pesagem para o UFC 158, em março de 2013, sua última participação no UFC. Foto: Divulgação
A luta principal do UFC 183 não marcará apenas o retorno do brasileiro Anderson Silva ao UFC. Do outro lado do octógono, o ex-campeão dos médios terá pela frente um lutador experiente e em busca de redenção. Bem menos premiado, mas bastante conhecido no MMA, o americano Nick Diaz tem a missão de estragar a festa de Anderson, de 39 anos, neste sábado, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Aos 31 anos, o atleta nascido em Stockton, na Califórnia, iniciou sua trajetória bem cedo e obteve alguns resultados relevantes, mas teve sua carreira marcada por confusões e problemas com drogas. Ele jamais conquistou um cinturão do UFC e anunciou a aposentadoria duas vezes, mas acredita que pode surpreender o brasileiro.

Diaz já foi flagrado duas vezes em exames antidoping por uso de maconha, mas alegou ter licença para o uso terapêutico de erva medicinal no estado da Califórnia. Em setembro do ano passado, ele foi preso por dirigir embriagado e com a carteira de habilitação vencida, mas foi liberado em seguida. O gosto por confusões o acompanha desde a juventude: irmão mais velho de Nate Diaz, outro lutador do UFC, cresceu sem conhecer o pai biológico e se iniciou nas artes marciais para se defender de colegas mais velhos que o intimidavam na adolescência. Sua estreia no MMA foi em 2001, aos 18 anos, com uma vitória por finalização sobre o compatriota Mike Wick no IFC, categoria menor do esporte. Com boa técnica de jiu-jitsu e resistência acima da média, Diaz trilhou um caminho de vitórias até estrear no UFC em 2003 com vitória sobre Jeremy Jackson, aplicando uma chave de braço.

E aí vieram os problemas. Diaz chegou a faltar a compromissos oficiais – certa vez, não apareceu em um treino aberto e alegou que estava com sono, o que enfureceu o chefão do UFC, Dana White – e a trocar socos com lutadores fora da área de combate. Depois de uma sequência de derrotas e escândalos com drogas, ele deixou o UFC e passou por outras organizações. Em 2007, venceu o japonês Takanori Gomi no Pride, mas teve o resultado anulado ao ser flagrado pela primeira vez pelo uso de maconha. Demitido, tentou a sorte na Elite XC e no Strike Force, onde chegou ao topo na categoria dos meio-médios. Com os bons resultados e o fim da Strike Force, Diaz foi convidado a retornar ao UFC em 2011, quando venceu o americano BJ Penn na luta principal do UFC 137.

O americano está fora de ação há mais tempo que Anderson Silva. Ele não luta desde março de 2013, quando foi derrotado por Georges St. Pierre por decisão unânime na disputa pelo cinturão dos meio-médios. Antes, já havia perdido a chance de conquistar o título interino ao ser derrotado pelo americano Carlos Conditt, em fevereiro de 2012. Em 35 lutas no MMA, Nick Diaz venceu 26, 13 por nocaute. A luta deste sábado será a sua primeira na categoria dos médios, o que aumenta ainda mais o favoritismo de Anderson, pois o brasileiro é mais alto e mais pesado.

Diaz tem como treinador e empresário o brasileiro César Gracie, um mestre do jiu-jitsu, que no ano passado deu seu palpite para a luta. “Nick é melhor no chão, o jiu-jitsu dele é melhor, mas eu acredito que vai ser uma luta em pé e que não vai durar cinco rounds. Nick é difícil de ser nocauteado, aconteceu apenas uma vez, no início de sua carreira. Anderson é maior, mas ele está perto dos 40 anos e seu queixo não é mais o mesmo. Se Nick socá-lo, acho que ganha”, afirmou ao site americano MMA Fighting. O UFC 183 terá início a partir das 22h (de Brasília) com as lutas preliminares no MGM Arena, em Las Vegas.

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