Palocci acusa jornalista da Globo em delação (também acusado por Odebrecht). É a ruína moral da emissora.


São gravíssimas as acusações feitas pelo ex-ministro Antonio Palocci contra o jornalista Roberto D'Ávila sem sua delação. Palocci coloca na berlinda um dos mais respeitados jornalistas do país, envolvendo por tabela a Rede Globo - já que é empregadora do profissional. 

Mas por qual motivo a Globo passa a ser envolvida? Simples: não se trata da primeira acusação contra o jornalista, conforme registra o jornalista Políbio Braga em seu blog

No novo conjunto de emails entregue à Lava Jato, Marcelo Odebrecht deixa clara a combinação com seus executivos, a questão do apoio financeiro ao filme “Lula, o filho do Brasil”. Segundo ele, o aporte estava sendo negociado por Gilberto Carvalho, “o seminarista”, com uma “produtora” dos jornalistas João Rodarte e Roberto D’Ávila.
“Nosso apoio será de 750 mil e não apareceremos. Rossana está cuidando da operação com João Rodarte/Roberto D´’Avila”, escreveu o executivo Marcos Wilson a Marcelo Odebrecht.

Sim, a Globo manteve o jornalista mesmo depois destas acusações. É evidente que são apenas acusações, o jornalista deve antes de tudo ser investigado com rigor enquanto dispõe de todo o direito a defesa garantido pela Constituição. No entanto isto afeta a emissora, já que as Organizações Globo decidiram disputar o posto de vestal do templo durante o governo Bolsonaro. A emissora até se colocou como ombundsmann da Rede Record e RedeTV ao questionar a falta de perguntas nas entrevistas concedidas por Flávio Bolsonaro aos jornalistas Lúcio Sturmm e Boris Casoy. 

É bom lembrar que isso tudo surge depois que a emissora comprou os direitos do livro How the U.S Blew the Whistle on the World's Biggest Sports Scandal (Cartão Vermelho: Como os EUA revelaram o maior escândalo esportivo mundial), do jornalista Ken Bensinger. O pulo do gato é que o livro menciona a Rede Globo quatro vezes, incluindo a delação do empresário J. Hawilla que relata em delação como pagou propina para dirigentes da FIFA e CBF para garantir que os direitos de transmissão dos jogos ficassem com a emissora. Ter mais um escândalo como o de Roberto D'Ávila na conta seria a ruína moral da empresa da família Marinho no exato momento em que o grupo se coloca como inquisidor do governo.

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