EM SÃO GONÇALO O TRABALHO NÃO PARA E CIDADE TEM ÁREA COM BAIXO RISCO PARA DENGUE.


 Na Região Metropolitana de Natal e, até dentro da capital, é possível encontrar áreas que não foram fortemente afetadas pela epidemia deste ano.
Os motivos são diversos. Mas em boa parte dos casos têm relação com as estratégias de combate da população e do poder público.

A cidade de São Gonçalo do Amarante é um desses exemplos de ilhas ‘no mar de epidemia da dengue’. Na cidade dos mártires de Uruaçu, há mobilizações de rua semanais em comunidades escolhidas em função dos focos encontradas naqueles locais. Além da óbvia e necessária parceria com a população, o município trabalha em conjunto com a iniciativa privada e o Ministério Público Estadual.

Segundo a coordenadora de epidemiologia do município, Márcia Soares, os 300 casos suspeitos já é maior que no ano passado, mas não pode ser considerado uma epidemia, já que apenas seis foram confirmados neste ano. “Esse ano é um atípico, o ano da epidemia dentro do calendário epidemiológico para a dengue no Estado e no Brasil. A gente está em baixo risco segundo o Ministério da Saúde, mas por estar tendo epidemias nos municípios vizinhos, a gente tem uma atenção maior, por isso estamos passando por período de epidemia sem epidemia de dengue”, disse Márcia.
O fato de ser um município de baixo risco o impede por exemplo de solicitar a operação UBV (Ultra Baixo Volume) pesada - carros fumacê - da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), uma vez que a estratégia só é utilizada em situações epidêmicas. Aos municípios não é recomendada a compra dos carros fumacês, mas podem adquirir os equipamentos para ter os “homens fumacê”, estratégia de combate tecnicamente conhecida como UBV Costal. O município tem dois desses equipamentos.

“As bombas são mais leves, eliminam a quantidade correta de veneno, tem um poder de alcance maior que o carro fumacê e possui partículas invisíveis”, explicou a coordenadora de epidemiologia. Um operador do UBV costal pode entrar, por exemplo, em uma viela onde nem o carro fumacê, nem mesmo o inseticida poderiam entrar. Vale lembrar que os “homens fumacê” só são usados nos bairros onde há maior número de criadouros encontrados ou onde os casos de dengue foram confirmados. Não por acaso, esses bairros ficam nas região mais urbanizada de São Gonçalo do Amarante, onde o município de conurba com Natal: Jardim Lola, Amarante e Golandins.

As caminhadas semanais são feitas a partir da preparação das crianças do bairro para o ato de conscientização. Além disso, as secretarias de Serviços Urbanos, Assistência Social, Meio Ambiente e Comunicação e Eventos também participam de acordo com suas atribuições. É o projeto “São Gonçalo Unido contra a Dengue”. “A gente criou um processo de trabalho entre as secretarias. Durante a semana tem uma equipe de educação em saúde que passa pelas escolas do bairro escolhido. Na sexta, as crianças levam os cartazes no meio da rua junto com todo mundo. a secretaria de serviços urbanos faz a limpeza daquele bairro”, explicou Jalmir Simões, secretário de Saúde do Município.

Apesar de ser um município com a quarta maior população do Rio Grande do Norte, São Gonçalo não figura nem entre os 15 municípios com maior número de casos de dengue neste ano. A maior parte da população também fica localizada na zona urbana.

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