Como Daniel, Dilma cai na cova dos leões do PMDB.

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Comandados por Eliseu Padilha, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, peemedebistas aumentam o cerco na hora mais dura para a presidente Dilma Rousseff; com popularidade questionada, ela sofre novas ameaças do partido; vice Michel Temer pretende lhe dizer que "setores importantes" querem rompimento já e apoiar Eduardo Campos, do PSB; caciques Henrique Alves, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Geddel Viera Lima à espreita; "Não existe aliança ad eternum", disse vice-líder Lúcio Vieira Lima,  como escapar.

Conta o Antigo Testamento que o profeta Daniel foi jogado a uma cova cheia de leões pelo rei dos Medos, Dario, após ter contrariado um decreto religioso. Com outros personagens, uma situação em tudo similar a esse famoso trecho da Bíblia está em curso, neste momento, em Brasília. Troque-se o rei dos Medos pelo PMDB – e Daniel, naturalmente, pela presidente Dilma Rousseff. Esse é o quadro.
Comandados pelo presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha, o segundo maior partido do Congresso está em plena pressão sobre a presidente Dilma para conseguir mais espaço no governo. E jogando pesado para isso. Padilha criou até mesmo um questionário, que fez circular entre os deputados, para ter uma forte moeda de troca nas mãos. Como ninguém, ele sabe praticar um dos lemas informais do partido, segundo o qual 'governo bom para o PMDB é governo fraco'.
Por escrito, os parlamentares estão informando suas insatisfações com o governo – e elas são tantas que o vice-presidente Michel Temer já está pronto para pedir uma conversa política formal com a presidente.

SAÍDA IMEDIATA - Durante o atual período de recesso parlamentar, Temer vai dizer que os tais "setores importantes" do PMDB defendem o rompimento imediato com o governo, com a transferência do apoio da legenda, a mais ramificada do País, em 2014, à candidatura do presidente do PSB, governador Eduardo Campos.
Está em curso, assim, uma aliança do partido com o PSB de Campos, o que isolaria Dilma e seu partido, o PT, na margem esquerda do espectro político. Isso reduziria drasticamente não apenas a base de apoio parlamentar no Congresso, mas também a extensão dos palanques estaduais para a campanha de reeleição da presidente.
Além disso, e não menos importante, o PMDB levaria para um presidenciável em alta – o Campos com 59% de ótimo e bom como governador de Pernambuco – minutos preciosos na propaganda eleitoral pelo rádio e a televisão. Pode fazer dele a imagem dominante na campanha eletrônica.
 

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