Contas da ALE: Collor desafia Vilela e Toledo.
O senador Fernando Collor (PTB-AL) desafia o presidente da Assembleia, Fernando Toledo e o governador Vilela, ambos do PSDB, a permitirem que uma força-tarefa investigue a contabilidade do Legislativo e da Secretaria da Fazenda. Posicionamento do senador se dá em virtude das suspeitas de irregularidades na utilização dos recursos da ALE e também por conta dos repasses acima do duodécimo feitos pela Fazenda. Collor propõe que uma força-tarefa formada por representantes de diversas instituições em Alagoas “mergulhe na contabilidade do Legislativo e da Fazenda”.
- Ao desembarcar no aeroporto Zumbi dos Palmares, procedente de Brasília, o senador Fernando Collor (PTB-AL) teve contato rápido com a imprensa, mas o suficiente para ser objetivo e propositivo em relação às suspeitas de irregularidades na movimentação da Assembleia Legislativa. “A iniciativa do deputado João Henrique Caldas (PTN-AL) merece o apoio da sociedade, porque é a busca da transparência, um clamor presente nas ruas”, declarou o senador. Ele desafia o presidente da Assembleia, Fernando Toledo (PSDB) e o governador Teotonio Vilela, a permitirem que uma força-tarefa independente mergulhe na contabilidade do Legislativo e da Secretaria da Fazenda.
“Se há crime, se há mal feito nesse turbilhão de denúncias que o jovem deputado JHC tornou público, então que se investigue a fundo. Proponho uma força-tarefa constituída por representantes da seccional da OAB de Alagoas, dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, de auditores do Tribunal de Contas, da CUT e do movimento de Combate à Corrupção de Alagoas, para jogar luz e passar tudo a limpo”, propôs Fernando Collor. “É preciso que o governador Vilela e o presidente do Legislativo, que são correligionários tucanos, aceitem esse desafio e permitam a entrada da sociedade civil nessa averiguação, que deve ser ampla, geral e irrestrita, englobando esses últimos anos”, completou.
No entendimento do senador Collor, não há como deixar de associar a possível malversação de recursos públicos na Assembleia Legislativa à conivência do governo do Estado. “Se as contas do Legislativo estão sob suspeição, então essa mesma suspeita recai sobre os ombros do governador Vilela, que autoriza generosamente os repasses para a conta do Legislativo, alguns dos quais acima do valor estabelecido para o duodécimo do exercício, como já fora denunciado por parlamentares da própria Casa de Tavares Bastos”, disse o senador.
Há algumas semanas, o deputado JHC obteve o direito de acessar as planilhas contábeis e o detalhamento da folha de pagamento da Assembleia Legislativa relativo ao exercício de 2011. Esse acesso só foi possível por força de decisão judicial perante a Caixa Econômica, já que a Mesa Diretora da Assembleia não atendeu administrativamente a solicitação do parlamentar. Essas informações obtidas por JHC já estão no Ministério Público. “Eu lanço um desafio no sentido de que Vilela e Toledo permitam que a sociedade civil possa mergulhar em toda a contabilidade, inclusive em relação aos demais anos, dando luz e reforçando ainda mais o trabalho que está em curso por outras instâncias de investigação”, concluiu Collor.
Com gazetaweb.com e assessoria
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