Nazistas tentavam 'curar' gays com prostitutas e tratamento hormonal



No período entre guerras, procedimentos para "curar" homossexuais se multiplicaram, motivados principalmente pelo conservadorismo e pela eugenia. "Enquanto ariano, o homossexual deveria ser recuperado para a função reprodutiva", escreve Daniel Borrillo em "Homofobia: História e Crítica de um Preconceito".

Entre os métodos usados pelos nazistas, além de tratamento hormonal, integrantes da SS obrigavam homossexuais a manter relações sexuais com prostitutas.

"Todavia, esses procedimentos terapêuticos não produziram os resultados pretendidos", conta o autor. "Diante da impossibilidade de curar os homossexuais, foi necessário castrá-los para privá-los, daí em diante, de qualquer prazer".

Para aqueles cidadãos da Alemanha, acostumados com a liberdade sexual conquistada no final do século 19 --incluindo duas revistas homófilas--, o clima de tolerância havia se transformado em um pesadelo.

Fundada em 1919, o Instituto para a Ciência Sexual, com a maior biblioteca sobre a questão gay, foi atacado em 1933. Segundo Borrillo, "12.000 publicações e 35.000 fotografias relativas à homossexualidade foram queimadas".

"Homofobia" traz o debate sobre os discursos construídos para enaltecer o heterossexual e desvalorizar a homossexualidade, seja com violência ou escárnio.

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